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Capitão Luis Fernando, ex-candidato a deputado pelo PT, julgado por deserção

Extraído do blog do próprio

http://capitaofernando.blogspot.com/2011/03/processo-de-desercao-foi-julgado.html

Processo de deserção foi julgado

Resultado: nada diferente do que prevíamos - condenado por unanimidade a 3 meses e 18 dias de prisão, já cumprimos 2 meses, falta 1 mês e 18 dias ainda. Vamos recorrer!
O pano de fundo disso, sob meu entendimento, é a disputa pela prefeitura de General Câmara-RS e as minhas posições políticas. Sequer houve crime, havia comunicação frequente entre mim e o meu comandante e eu resido num PNR, na vila militar de uma cidade muito-muito pequena.
Moral alta, seguiremos o caminho apontado pelo companheiro Apolônio de Carvalho, ex-oficial expulso do EB por suas convicções políticas e filiado n° 01 do PT.

HAITI: ONU ANUNCIA NOVO COMANDANTE MILITAR DA MINUSTAH


 

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta sexta-feira que o general brasileiro Luiz Eduardo Ramos Pereira será o substituto de Luiz Guilherme Paul Cruz à frente do comando da Missão de Estabilização das Nações Unidas para o Haiti (Minustah). Ban comunicou ao Conselho de Segurança a nomeação do novo comandante dos 12.230 militares e policiais encarregados de manter a ordem no país caribenho, que atravessa um momento delicado enquanto são contados os votos das eleições presidenciais e que ainda se recupera do forte terremoto de 2010.

"O secretário-geral aprecia o destacado desempenho do general Paul Cruz durante seu serviço na Minustah, onde sua dedicação, profissionalismo e liderança foram vitais para os esforços de estabilização da ONU no Haiti", afirmou nesta sexta-feira o porta-voz da ONU, Farhan Haq.
Paul Cruz foi nomeado para o comando da Minustah em março de 2010, encarregado de supervisionar a resposta dos "capacetes azuis" nos meses posteriores ao terremoto de 12 de janeiro de 2010, no qual 230 mil pessoas morreram e durante a realização das eleições presidenciais, cujo resultado ainda não está claro.
O mandato do militar termina em 31 de março. Ele cederá o lugar a Ramos Pereira, um general que, segundo o porta-voz do secretário-geral da ONU, conta com "uma distinta carreira militar" na qual ocupou diferentes cargos importantes. Nascido em 1956, Pereira entrou no Exército em 1976 e se graduou oficial três anos depois. Em sua trajetória, destacam-se a participação como observador da Força de Proteção das Nações Unidas na Antiga Iugoslávia (UNPROFOR, na sigla em inglês) entre 1992 e 1993, e o cargo de adido militar na embaixada do Brasil em Tel Aviv (Israel).
Desde sua implantação em 2004, o Brasil é o responsável por liderar a presença militar internacional no Haiti e, por isso, o comandante da Minustah tem sido um militar do País. A missão também é integrada por contingentes de países latino-americanos como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Paraguai, Peru e Uruguai, além da Espanha, França, Itália, Canadá e Estados Unidos, entre outros.

CALDEIRA EXPLODE EM COZINHA DE BATALHÃO DO EXÉRCITO E FERE DOIS MILITARES

Uma caldeira industrial explodiu na cozinha do 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau. Dois soldados foram hospitalizados.
Nota do Comando do 23º BI:
Em 24 de Março de 2011, por volta das 08h30min, uma caldeira industrial explodiu no interior da cozinha deste batalhão durante a confecção do almoço. No momento da explosão estavam na cozinha o Cabo do Efetivo Profissional, Renato Ventura e o Soldado do Efetivo Profissional, Zalmir Malaquias Junior, ambos do 23º BI.
Os militares sofreram queimaduras de 2º grau, aonde o Cabo Ventura foi encaminhado imediatamente ao hospital Santa Isabel e o Soldado Malaquias para o hospital Santo Antônio. Ainda não se sabe exatamente as reais causas do acidente que serão analisadas por meio de um processo administrativo interno e de um laudo pericial do Corpo de Bombeiros.
JOSÉ HENRIQUE DE CÁSSIO RUFFO – Coronel Comandante do 23º Batalhão de Infantaria.
Informações atualizadas 25/03/11
O cabo Ventura foi transferido para o Hospital São José de Joinville que é referência em atendimentos à queimados. O cabo Ventura teve mais de 40% do corpo queimado. O Soldado Malaquias está internado no Hospital Santo Antônio na UTI.

MORDOMIA: MILITARES GARANTE SEGURANÇA DE LULA NO EXTERIOR

No seguroCinco militares se revezam na segurança do ex-presidente Lula em Lisboa e Coimbra, onde receberá título de “doutor honoris causa”.
CLÁUDIO HUMBERTO

TESOURADA DE DILMA: COM CORTES NO ORÇAMENTO, ARROCHO NOS QUARTÉIS COMEÇA MAIS CEDO

ECONOMIA: EXPEDIENTE REDUZIDO
- FOLGAS SEMANAIS NA MARINHA
Os quartéis começarão a amargar no mês que vem os efeitos do corte de R$ 4,3 bilhões no orçamento do Ministério da Defesa. As medidas em gestão serão anunciadas nesta semana.
Na Marinha, só falta assinar a portaria que indicará para as unidades a volta da chamada "Licença-fome": um dia por semana sem expediente para reduzir os gastos com alimentação da tropa, com energia (ao se desligar ar condicionado, elevadores e lâmpadas) e combustível.
Se não houver alteração em relação à proposta vista pela Coluna, além da folga já prevista para a segunda-feira, dia 4 (relativa ao pagamento), haverá folgas também nos dias 11 (outra segunda-feira), 22 (uma sexta-feira que vai emendar com o feriado do dia 21) e 29 (outra sexta-feira). Resta também definir se será necessário estender a licença também para maio.

ECONOMIA 2
- MENOS RECRUTAS
No Exército, a queixa, principalmente no Rio, é do menor número de recrutas incorporados. Falta saber, porém, se houve corte ou remanejamento para outros estados.

ECONOMIA 3
- MEIO EXPEDIENTE NA FAB
Na Força Aérea, estuda-se adiar treinamentos de voo e fixar meio expediente. A jornada na FAB ficaria de segunda a quinta-feira, das 13h às 17h, e às sextas, das 8h às 12h.

ECONOMIA 4
- COINCIDÊNCIA
O aperto de cinto neste primeiro ano do governo Dilma terá efeitos práticos uma ou duas semanas após o 31 de março. "Coincidência", garante oficial amigo da Coluna.

ECONOMIA 5
- DISCRIÇÃO NAS MEDIDAS
O aperto dos quartéis está sendo tratado discretamente. Mesma discrição que tirou o 31 de março (aniversário do golpe de estado de 1964) entre as datas festivas do Exército.
FORÇA MILITAR - O DIA ONLINE

Nomeação de Delegado de Serviço Militar

Em 22 de março de 2011, o
 
3ª REGIÃO MILITAR
- 2ª DEL S M/10ª C S M


5ª REGIÃO MILITAR
- 5ª DEL SM/15ª CSM

 - 4

ª DEL S M/21ª C S M ( SÃO LOURENÇO DA MATA-PE) - 2º Ten QAO Cav VALMIR DA SILVEIRA BIALVA
7ª REGIÃO MILITAR
(RIO BRANCO DO SUL-PR) –1º Ten QAO Inf VALMIR FÉLIX DE FARIAS
( SANTIAGO-RS ) - 1º Ten QAO ADM G ART JAIME JOSÉ THOMASINI
CHEFE DO DEPARTAMENTO-GERAL DO PESSOAL informa a conclusão de processo seletivo de nomeação de Delegado de Serviço Militar e cumprimenta os militares, a seguir relacionados, pela honrosa missão de fundamental importância na estrutura do Serviço Militar Brasileiro.

O Retorno do Babaca

O livro BACABA - Memórias de um Guerreiro de Selva da Guerrilha do Araguaia, lançado em 2007 – terá um desdobramento.

Seu autor, o 2º Tenente QAO do EB José VARGAS Jiménez, aos 62 anos e já aposentado desde 1994, promete lançar, em junho ou julho deste ano, seu segundo e último livro, BACABA II - Toda a Verdade sobre a Guerrilha do Araguaia e a Revolução de 1964:

“Para homenagear os 16 militares que morreram na Guerrilha, em especial ao Cabo Odílio da Cruz Rosa (Cabo Rosa), primeiro militar a ser assassinado pelos guerrilheiros do PC do B, ele estará na capa de meu livro. Também nele constarão todas as operações da Guerrilha do Araguaia realizadas pelo EB (sem entregar nosso glorioso EB), até a última da qual participei (Operação Marajoara), quando eles foram derrotados. Também divulgarei a grande repercusão de meu primeiro livro e alguns dossiês que levei dos terroristas/comunistas que hoje estão no poder (Dilma, Tarso Genro, Paulo Vannuchi, Carlos Minc, José Dirceu, Jenoino, Franklin Martins, etc.) e os entreguei ao Presidente da Comissão dos Mortos e Desaparecidos Políticos e por último um resumo da revolução de 1964 onde publicarei a relação de todos os civis e militares que "ELES" - terroristas/comunistas assassinaram. Eles só divulgam os que nós matamos na guerra”.
http://www.alertatotal.net/

Investidor questiona Procter & Gamble por patrocínio a novela do SBT que ataca o Exército

Um investidor resolveu sair em defesa do Exército Brasileiro, diante da ameaça concreta de as Forças Armadas sofrerem mais um desgaste de imagem com o lançamento da novela “Amor & Revolução”, pelo SBT, no próximo dia 5 de abril. Proprietário de ações da Procter & Gamble do Brasil S. A, um advogado paulista pediu explicações formais à diretoria da transnacional sobre o fechamento de um contrato para aquisição de uma das quatro cotas publicitárias da novela, no valor de R$ 8,9 milhões/mês.

Foi o seguinte o telegrama fonado enviado à diretoria da Procter & Gamble do Brasil S. A: “Prezado Senhores: Na qualidade de acionista dessa sociedade, pergunto se é verdadeira a notícia publicada no sitio www.alertatotal.net, no dia 20 de março corrente, sobre patrocínio dessa empresa de uma nova novela do SBT, "Amor & Revolução", em que será atacada a imagem das Forças Armadas do Brasil. Atenciosamente, PRMCV”.

Ao Alerta Total, o investidor reclamou que o eventual patrocínio a uma obra de ficção que ataque à imagem institucional do Exército Brasileiro vai totalmente de encontro à tradição corporativa da P&G - fundamentada nos princípios de integridade pessoal, respeito pelo indivíduo e correção. “Interpretando o que está nos valores da empresa, cada um de nós é responsável por manter a integridade de toda a companhia, incluindo nós, acionistas. Não podemos concordar com o patrocínio a um produto televisivo que afronta nossas Forças Armadas”.

O diretor comercial do SBT, Henrique Casciato, foi quem revelou ao mercado publicitário a aquisição da cota feita pela P&G. Agora, o investidor deseja uma resposta formal do presidente da Procter & Gamble do Brasil S. A, Tarek Farahat. Caso se confirme a informação, o investidor deseja que a P&G repense seu patrocínio à novela “Amor e Revolução” - escrita por Tiago Santiago - será mais uma eficiente peça de propaganda ideológica na crescente campanha de desmoralização das Forças Armadas no Brasil pós-1964.

A Procter & Gamble do Brasil S.A. é uma sociedade anônima de capital fechado. Suas ações não são negociadas na Bolsa de Valores. As ações são escriturais, administradas pela Instituição Financeira Depositária Banco Bradesco S.A. A empresa tem peso no mercado publicitário brasileiro, já que detém aqui as marcas: Gillette, Oral-B, Pampers, Duracell, Ariel, Ace, Vick, Hipoglos, Metamucil, Pringles, Pantene, Head & Shoulders, Pert Plus, Wella Profissional (Color Perfect, Color Touch, Blondor, Magma, Lifetex, Wellastrate, High Hair, Trucco, SP, Sebastian).

Por que mexer com as Forças Armadas?

Por Carlos Newton
Por que mexer com as Forças Armadas, a essa altura do campeonato, quando o país é governado por uma ex-guerrilheira e está tudo bem, em condições ideais de temperatura e pressão? Por que essa ânsia de demonstrar que no Brasil de hoje quem manda é o governo do PT, e os outros poderes são meros coadjuvantes, embora independentes entre si?

Na verdade, os poderes (o que inclui também o poder militar, que jamais deve ser menosprezado) precisam ser harmônicos e se respeitar. Não pode haver confrontos entre eles. Isso é tão óbvio que nem precisaria estar sendo escrito ou lembrado. Mas é que os ânimos estão esquentando, desnecessariamente, em função da falta de habilidade e da prepotência de determinados atores da cena política, que se sentem na condição de protagonistas.

Primeiro, no governo Lula, em dezembro de 2009 foi lançado o desastrado Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). Algumas propostas do programa, formado por 27 projetos de lei, geraram fortes reações, como a que defendia a descriminalização do aborto, a que proibia a utilização de símbolos religiosos em locais públicos e a que dificultava a desocupação de terras invadidas.

Logo no mês seguinte, janeiro de 2010, os comandantes das Forças Armadas, descontentes com a possibilidade de militares serem investigados e punidos por crimes cometidos durante a ditadura, chegaram a ameaçar uma renúncia coletiva. O ministro da Defesa, Nelson Jobim também teria cogitado deixar o cargo se o projeto não fosse alterado.

Armou-se a confusão e o então secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, anunciou que poderia renunciar ao cargo, devido às críticas ao programa, concebido em sua pasta. Vannuchi discordava da possibilidade de militantes da esquerda armada durante a ditadura militar também serem investigados, como exigiam o ministro Nelson Jobim e as Forças Armadas.

Em fevereiro, novo capítulo: o general de quatro estrelas Maynard Marques de Santa Rosa foi exonerado da chefia do Departamento Geral de Pessoal, depois de ter criticado o projeto, por meio de uma carta que circulou na internet. O pedido de exoneração foi feito pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. E a pressão nos bastidores acabou fazendo Lula voltar atrás e desistir do Plano.

Mas em maio de 2010, Lula mudou de ideia novamente, mas enviou ao Congresso apenas a parte do Plano Nacional de Direitos Humanos que cria a Comissão da Verdade, para “promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria, ainda que ocorridos no exterior”.

Na época, Dilma Rousseff já era candidata, mais uma vez houve forte reação nas Forças Armadas, somente agora revelada na imprensa. O governo Lula então decidiu não pressionar pela aprovação do projeto, vieram as eleições, tudo aparentemente serenou.

Mas logo no início do governo Dilma Rousseff, ao assumir no dia 3 de janeiro a Secretaria Nacional de Direitos Humanos substituindo Vannuchi, a ministra Maria do Rosário prometeu avançar no processo de reconhecimento das violações contra os direitos humanos no período do regime militar. Durante discurso na cerimônia de posse, ela pediu que o Congresso aprovasse logo a criação da Comissão da Verdade sobre os mortos e desaparecidos durante a ditadura. E começou tudo de novo.

Agora, surgiu um documento dos três comandantes militares, endereçado ao ministro da Defesa, com críticas severas à possibilidade de criação da Comissão da Verdade, para apurar exclusivamente os crimes dos militares, sem investigar o fato de determinados participantes da luta armada também terem cometidos muitos crimes, inclusive fazendo vítimas civis.

A presidente Dilma Rousseff não gostou da reação dos militares e convocou a palácio o ministro da Defesa. Ele então explicou que se tratava de coisas do passado, porque o documento teria sido redigido no ano passado, ainda no governo Lula. Mas acontece que o jornal O Globo, que trouxe a público o documento, garante que está datado de fevereiro deste ano.

Em meio a essa crise, surge a nomeação do ex-presidente do PT José Genoino para o cargo de assessor especial do ministro da Defesa, como uma compensação pelo fato de o parlamentar por não ter se elegido no ano passado. Os militares também não gostaram de engolir essa nomeação, que criou uma espécie de estranho no ninho deles.

Como se sabe, em 1970 Genoino participou da preparação e combate na guerrilha do Araguaia, que tinha como um de seus principais líderes o comunista Maurício Grabois. E Genoino foi um dos primeiros guerrilheiros que “caíram” na luta contra os militares, como se dizia no jargão dos clandestinos.

Segundo o deputado radical Jair Bolsanaro, que é porta-voz da linha dura dos militares, Genoino diz que foi torturado, mas na verdade nem precisou, porque logo ao ser preso ele teria delatado os companheiros. Para provar essa tese, em 2005 Bolsanaro levou à Câmara o coronel Lício Augusto Ribeiro Maciel, que participou da prisão de Genoino em 1970. Houve uma grande confusão na CPI do Mensalão, quando Genoino, um dos principais acusados, ia prestar depoimento, e o coronel estava presente. Genoino protestou e o coronel foi expulso da sala da CPI.

Uma agravante é que todos sabem que Genoino é um dos réus do Mensalão no Supremo. Ele foi apontado na denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, como um dos cabeças do esquema. Seu irmão, o hoje deputado federal José Guimarães (PT-CE) ficou famoso na época, porque um de seus assessores foi preso pela Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas com 100 mil dólares na cueca e mais 200 mil reais numa maleta.

Com esse currículo, Genoíno é agora nomeado assessor direto do ministro Nelson Jobim. Por que esta nomeação? Não podem nem alegar que Genoino não tenha condições financeiras de se manter, já que ele completou 30 anos como deputado federal e faz juz a mais de 20 mil reais de aposentadoria na Câmara Federal. Será que abriu mão?

A exemplo do que já ocorrera com a indicação do mensaleiro João Paulo Cunha para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a nomeação de José Genoino no Ministério da Defesa também significa uma afronta à cidadania e uma humilhação aos homens de bem. Demonstra cabalmente que um dos principais réus do mensalão, apesar de processado no Supremo, goza de total confiança do ministro da Defesa, que por sinal é ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, vejam que ironia.

Por que o governo do PT está agindo assim, abrindo áreas de atrito com as Forças Armadas e com os cidadãos em geral, sem a menor necessidade? Por que essa volúpia do PT em prestigiar os réus do mensalão, incessando José Dirceu, que hoje é quem manda no partido, e reabilitando figuras como Delubio Soares e Silvinho Pereira? E justamente agora, quando o Supremo ordena a quebra do sigilo fiscal de todos os 38 réus do processo do mensalão.

O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo no STF, semana passada, determinou o envio de ofício à Receita Federal pedindo cópia da última declaração do Imposto de Renda dos denunciados. Barbosa acolheu solicitação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que requisitou a quebra do sigilo para que o Supremo já calcule possíveis multas, em caso de condenação dos acusados.

Diante dessa situação, sob qualquer ponto de vista que se analise essa estratégia do PT e do próprio governo Dilma Rousseff, a conclusão é uma só: trata-se de uma política errada e infantil. E perigosa, não há dúvida. Porque não leva a nada e arrisca tudo.

Imaginem, por exemplo, se as Forças Armadas vão permitir uma Comissão da Verdade que investigue as torturas e atrocidades cometidas pelos militares, mas jogue no buraco negro do esquecimento os crimes cometidos pelos guerrilheiros que enfrentavam a ditadura, como o caso do atentado a bomba em São Paulo, ocorrido em 1968 e que feriu gravemente um morador das proximidades, que teve uma perna amputada.

Segundo o jornalista Elio Gaspari, participou dessa ação terrorista a então jovem Dilma Rousseff. E o pior, o líder do atentado recebe hoje uma Bolsa-ditadura muito mais elevada do que a pensão paga ao inocente morador que foi mutilado. Além disso, a gravidade dessa ação terrorista foi um dos motivos alegados pelo regime militar para o retrocesso do Ato Institucional nº 5, no final de 1968.

E dá para entender a situação atual? Ah, Francelino Pereira, que país é esse? Quando você perguntou isso, na época em que era um dos parlamentares que serviam à ditadura, todo mundo levou na brincadeira. Mas na verdade é preciso perguntar sempre: Que país é esse?

Carlos Newton é Jornalista.

Moreira Mendes critica postura de General Elito


Em discurso na tribuna da Câmara, na tarde de segunda-feira, o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) criticou duramente o comportamento do chefe do gabinete de Segurança Institucional do Governo Federal, general de Exército José Elito Carvalho Siqueira, na crise da usina de Jirau, ocorrida na semana passada em Porto Velho. Segundo o deputado, o general tratou a questão com desdém, impedindo que as Forças Armadas dessem o apoio necessário para o fim do conflito.
“Lamento profundamente que o comitê de segurança institucional do Governo Federal tenha se omitido nesta questão. O general Elito sequer atendeu aos telefonemas do governador, do senador (Valdir) Raupp e o meu próprio, sempre mandando um terceiro para interceder e dar resposta. O resultado é que as Forças Armadas, que estavam prontas lá em Porto Velho, não puderam ajudar Rondônia numa emergência dessas”, disse ele.
Moreira lembrou que os rondonienses não queriam que as Forças Armadas fossem cumprir o papel da Polícia Militar, mas que pelo menos dessem o apoio logístico para contornar a crise. “(As Forças Armadas) Não puderam ajudar o povo de Rondônia, mas puderam fazer a segurança do presidente (Barack) Obama”, ironizou.
Para o deputado, o que houve em Jirau foi um tumulto generalizado, sem motivo aparente. “Queimaram praticamente toda a parte direita do canteiro de obras, mais de 88 dormitórios, destruíram a parte das edificações, a rodoviária, área de lazer e grande parte do refeitório, uma coisa terrível”, relatou. O problema só foi resolvido, segundo ele, graças ao apoio imediato do Governo do Estado, por meio de suas forças de segurança.
“É preciso registrar a pronta atuação do governador Confúcio (Moura) e agradecer ao Dr. Marcelo Bessa, secretário de Segurança Pública - que presidiu o comitê de crise, ao major Maurício Gualberto, chefe da Casa Militar, ao tenente coronel Paulo César, ao presidente da Assembleia, deputado Valter Araújo, ao Ministério Público do Trabalho, e também ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que colocou cerca de 130 homens da Força Nacional de Segurança à disposição do Estado”.
Moreira Mendes também elogiou a construtora Camargo Correa pela forma responsável com que vem tratando a questão, sobretudo no que diz respeito aos trabalhadores. “A empresa proporcionou todos os meios para que nada de pior acontecesse, nenhuma morte, nenhum ferido, nem uma loja ou comércio de Porto Velho saqueado. Ela devolveu aos estados cerca de oito mil trabalhadores; foram mais de 300 ônibus, 12 aviões fretados, para levar os trabalhadores a suas origens, e nenhum deles perdeu sem emprego”, registrou.
A usina de Jirau é a segunda maior obra do Programa de Aceleração (PAC), do Governo Federal, em andamento no Brasil e está sendo construída no rio Madeira. Ao todo, emprega cerca de 20 mil trabalhadores.

Recruta dado como desaparecido se apresenta em Dourados

Se apresentou no final da tarde dessa terça-feira (22) ao 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado, unidade do Exército Brasileiro, com sede em Amambai, o soldado recruta Silas Castro Silva, de 19 anos, dado como desaparecido pelos familiares em Naviraí, cidade onde reside.
Na versão da família, o rapaz teria saído de Naviraí no domingo (20) para se apresentar no 17º RC Mec, onde incorporou esse ano, mas na manhã da segunda-feira (21) o Exército teria ligado, informando que Silas não havia se apresentado à unidade militar, motivo pelo qual levou os familiares a procurarem a polícia e registrar o desaparecimento.
De acordo com o subcomandante do 17º RC Mec, Major Vagner Melo, durante a formatura para tirada de faltas do Esquadrão que o rapaz era lotado, foi notado sua ausência e adotada a medida padrão em casos dessa natureza, que é entrar em contado com familiares para saber o paradeiro do militar.
Segundo o comando do Regimento, ao se apresentar na Organização Militar, na tarde dessa terça-feira, o recruta teria relatado que havia perdido ônibus e não teria encontrado carona, por isso não se apresentou no quartel na manhã da segunda-feira como estava previsto.
O comando do 17º RC Mec informou que um processo administrativo já foi instaurado para apurar a versão apresentada pelo militar, que poderá sofrer medidas punitivas pelo descumprimento do prazo de apresentação, caso as informações prestadas por ele sejam incoerentes.
O Exército informou também que foi extinto o processo de deserção que é aberto quando o militar deixa de comparecer, sem justificativa prévia, ao local de apresentação determinado. Segundo o Exército após 8 dias de falta sem comunicação o militar é dado como desertor e responde processo pelo crime de deserção.

Melhor não subestimar

Nas entrelinhas
Alon Feuerwerker

Correio Brasiliense

As revoltas democráticas árabes produzem uma dúvida no público. Apoiá-las e correr o risco de as novas democracias serem “democraticamente” sequestradas pelo extremismo de origem islâmica? Ou sustentar no poder déspotas e cleptocratas, para tentar evitar o mal supostamente maior? Desde, naturalmente, que o despotismo se comprometa com transições de poder e de modelo.
É uma dúvida até certo ponto intelectual, pois não consta que as massas árabes estejam aguardando o mundo decidir. Um aspecto frequentemente minimizado é este: revoltas e revoluções sociais tem um vetor “objetivo” pouco controlável. Quando a onda vem, enfrentá-la não garante que a mesma deixe de propagar.
Como aquele barco japonês em seu esforço para atravessar o tsunami.
Qualquer análise prudente da situação concluirá que o processo está apenas no começo, e não respeitará fronteiras. E será complexo.
Agora mesmo o Hamas e outras organizações extremistas ajudam a promover uma escalada bélica contra Israel.
O acirramento objetiva dificultar a reconciliação palestina (com a Fatah), reconciliação em termos aceitáveis, regional e globalmente. E também abortar os movimentos de massa palestinos que, sob a capa da pacificação interna, pedem na verdade democracia, eleições e o fim do domínio autocrático.
Os extremistas gostariam de levar a uma confrontação que dê espaço para reintroduzir artificialmente a questão nacional palestina na agenda. Assunto que insiste em não comparecer.
O tsunami democrático árabe é fenômeno mais profundo, de dimensão histórica. O adjetivo tem sido usado em excesso, mas é o caso aqui de usar.
A tentativa de ruptura nasce da contradição antagônica entre, de um lado, as possibilidades de progresso social e individual colocadas pelo estágio material de desenvolvimento daquelas sociedades e, de outro, as formas arcaicas de organização social e política.
Os Estados Unidos têm boa inteligência (informação). Daí terem optado por não sustentar o presidente do Egito na hora da dificuldade. Seria inútil. Se o exército estava — como se comprovou depois — contra Hosni Mubarak, quem iria aplicar na vida real a operação de apoio?
Quem ou que país cederia os soldados para transformar a Praça Tahrir numa versão egípcia da Praça da Paz Celestial?
Desde o início da coisa na Tunísia, Estados Unidos e aliados cuidam de colocar um pé no futuro. Assim deve ser vista a intervenção na Líbia. Seria politicamente insustentável deixar Kadafi dizimar a oposição. Seria um desastre político e de imagem, na Líbia e fora dela.
Funciona portanto como efeito demonstração, de quem está ali e deseja continuar. O chamado “Ocidente” mostra disposição para intervir, e não do lado que procura bloquear o processo. Mostra que deve ser levado em consideração por quem calcula no mundo árabe. E mostra que não é necessariamente inimigo das massas rebeldes.
A atitude vai inspirar temor nos déspotas que imaginam poder chegar ao grau de violência que Kadafi já projetava e executava contra o povo líbio. Vai também funcionar como antídoto à narrativa de que americanos e europeus só se metem no mundo árabe para apoiar as ditaduras e o massacre do direito dos povos. É um ativo e tanto.
Desde que, naturalmente, a coisa não desemboque em ocupações. A estratégia na Líbia, do ângulo de quem intervém, é um upgrade. O poderio bélico das potências entra a serviço de uma facção política, que fica encarregada de ganhar a guerra terrestre ou provocar a insurreição. Ou as duas coisas combinadas.
Convém não subestimar potências com currículo colonial. O colonialismo acabou, mas o neocolonialismo vai bem — e hoje até desperta alguma simpatia entre os antigos oprimidos.
Vide o noticiário de todos os dias sobre a beleza que é o fluxo de capital e investimentos do Primeiro para o Terceiro Mundo. Expressão que por sinal saiu de moda. Repararam?
Mesmo a estatura dos líderes só pode ser definitivamente diagnosticada depois do resultado de suas ações.
Não é proibido tentar prever desfechos, é um direito democrático. Mas talvez não seja a coisa mais útil a fazer em situações assim. Talvez a energia precise antes ser investida em tentar entender o processo.

DE SARGENTO DO EXÉRCITO A PROMOTOR DE JUSTIÇA: UMA TRAJETÓRIA RESPEITÁVEL

Existem entidades e servidores da Administração Pública que vivem o dia-a-dia da segurança pública sem ser necessariamente policiais. É o caso de juízes e promotores de justiça, que embora não tenham um papel de execução no sistema, atuam, por exemplo, no julgamento de infrações penais cometidas por policiais.
Em alguns casos, esses servidores vão além da atuação técnica que lhes é exigida, e se aprofundam no tema segurança pública. O Promotor da Vara da Auditoria Militar da Bahia, Dr. Luiz Augusto, é um exemplo nesse sentido. Professor da Academia de Polícia Militar e formado no Curso de Gestão Estratégica em Segurança Pública, o CEGESP, é assíduo debatedor dos assuntos ligados ao tema – algumas vezes com opiniões que geram polêmica.
O Abordagem Policial entrevistou o Dr. Luiz Augusto, que falou de assuntos como execuções extrajudiciais cometidas pelas PM’s, o caráter militar das polícias, a presença de homossexuais nas corporações (tema que acabou lhe dando a pecha de conservador na imprensa baiana) etc. Apesar de longa, a entrevista deve ser lida por quem se interessa pela discussão desses e de outros temas, sob o prisma dum promotor da justiça militar e especialista em segurança pública:

Abordagem Policial: O senhor poderia nos falar sobre sua história de vida, formação… O senhor já foi sargento das Forças Armadas, não é verdade?
Dr. Luiz Augusto: Como se diz por aí, “a minha história é vulgar, mas algo fica provado….”. Sou um homem de luta e criado para a luta. Nada foi fácil em minha vida. Nasci filho de um funcionário público federal e de uma operária de fábrica de charutos, em Muritiba, Bahia, terra que também serviu de berço ao poeta das Américas. Dessa junção entre Simão da Malária e Lourdes Charuteira, nasceram outros três irmãos meus. Hoje sou órfão de pai e mãe, porque ambos já foram pro andar de cima. Certamente, dentro de algum tempo, iremos reencontrá-los, espero.
Comecei a vida estudantil pra valer, isso sem levar em conta as escolas primárias da época, no Ginásio Castro Alves de Muritiba, uma escola particular de nível ginasial, hoje fundamental II, e que foi criada na minha cidade porque inexistia escola pública nesse nível por lá. Por isso, eu e meus colegas à época, concluímos o segundo grau fora de Muritiba. Muitos, como eu, vieram para a capital. Aqui estudei no Duque de Caxias e no Severino Vieira, escolas públicas e de nível, pelo menos à época.

Em 1972, já sargento do EB, resolvi enfrentar uma faculdade, e escolhi a que me dava condições de frequentar aulas sem usar de subterfúgios, considerando que na tropa o expediente não permitia que estudássemos durante o dia, e à noite poucos cursos superiores funcionavam em Salvador. Fiz, entâo, vestibular para Análise de Sistemas na UBT. Escolhia-a porque seus cursos eram noturnos. Só que não me apaixonei pela escolha, provavelmente porque naquele tempo a área de informática era ainda embrionária. Somente existiam computadores no Banco do Brasil, na agência do Banco Central, na IBM e no CPD da UFBa, onde tínhamos nossas aulas práticas. Eram computadores imensos, e depois dos fluxogramas tínhamos que perfurar cartões para alimentar a CPU e processar o programa feito.

Era uma faxina dos pecados, e como a faculdade também não ajudou muito, porque era uma universidade particular oriunda de Fortaleza, cuja proposta era implantar um campus aqui em Salvador para atender a um seguimento da população que, por força das ocupações profissionais não podia frequentar aulas diurnas, como no meu caso, que sendo militar de carreira e servindo numa unidade especial (PE), ficávamos em prontidão ou sobreaviso dia sim e outro também, terminei trocando o curso da faculdade por um curso operacional no Rio de Janeiro. No retorno não mais me matriculei nele, e só voltei a pensar em curso superior em 1977, retornando aos bancos acadêmicos através de novo vestibular, desta feita para a faculdade de Direito da UCSal, onde me formei em 10 de agosto de 1985. Advoguei por pouco tempo, e depois fiz concurso para o Ministério Público do Estado da Bahia, onde entrei em 10 de abril de 1988, e onde estou até hoje, ocupando a Promotoria de Justiça Militar Estadual desde janeiro de 1995.

Obviamente que não me limitei à graduação, já que sempre gostei de estudar. Então, uma vez formado, fiz algumas pós-graduações, entre elas o Curso de Gestão Estratégica em Segurança Pública, o CEGESP, onde fui laureado com o segundo lugar numa turma de 37 alunos, inclusive um deles um coronel fechado, e que durante o curso se tornou comandante-geral da PM do seu estado, o Piauí. Da minha turma (2003) já podemos contabilizar alguns coronéis. Também tivemos como colegas delegados de polícia e peritos criminalísticos do DPT. Sou também especializado em Direito Processual Penal pela Fundação Faculdade de Direito da UFBa, e possuo diversos cursos de extensão em áreas diversas como Direito Ambiental, Administrativo, Eleitoral, Financeiro e Tributário pela Escola Superior do Ministério Público.

Nessa busca incessante de conhecimentos, cheguei a ser selecionado para o mestrado em Ciências Criminais em Coimbra, Portugal, mas problemas de ordem institucional mataram-me o sonho. Simplesmente não fui liberado à época (1996), mediante alegação de falta de amparo legal para manter-me num curso longo fora do país. A saída, segundo me disseram, seria a “licença sem vencimentos para tratar de assunto de interesse particular”, ou seja, inviabilizaram o mestrado em face de eu ser o único provedor da minha família, e também por ter como única renda os vencimentos do cargo de promotor de Justiça. Este sonho já está arquivado ad eternumm, embora agora possa até realizá-lo, já posso me aposentar. Meus projetos, entretanto, são outros, especialmente o de retornar à advocacia.

Quanto à carreira militar, depois de uma passagem sem sucesso na Marinha de Guerra, como aprendiz de marinheiro, fui para o Exército, obviamente que para prestar o serviço militar inicial. Só que uma vez incorporado (1967), voltei aos estudos logo no ano seguinte (1968), aproveitando, assim, todas as oportunidades que tive para estudar. Trocava até serviço para ficar no quartel nos fins-de-semana, só para estudar. Tornei-me cabo em 1969 e sargento de infantaria em 1971. Só que a vida militar, pra mim, descortinou um outro aspecto: é que questionador, provavelmente ainda revoltado com o desligamento injusto da Escola de Aprendizes, terminei tendo alguns atritos com colegas e até superiores, e isso me tornou um elemento questionador, em todos os sentidos, e foi exatamente por esse perfil que ouvi de um subtenente, na porta do alojamento de subtenentes e sargentos, que eu tinha perfil de advogado, e aí perguntou-me: “por que você não faz vestibular para Direito?”. O resultado é este aqui e agora.

Mas a vida militar para mim, apesar dos obstáculos e dos problemas referidos, foi a melhor fase de minha vida. Sou grato, portanto, à carreira militar pelo homem que hoje sou, e se você foi meu aluno, lembrará que a primeria coisa que eu falava em sala de aula quando da minha apresentação à classe, era que pudessem falar comigo tranquilos, porque eu falava a linguagem do alunado, e em seguida apresentava-me como ex-sargento de carreira do Exército. Isso, amigo, é orgulho, e muito, e ser o que se é, e pronto. Uma vez um aluno do CHOA me perguntou até que posto eu tinha chegado no EB. Respondi-lhe: “não passei de terceiro sargento”, e ele me olhou com incredulidade.

Ora, a gente pode até moldar nosso caminhar, mas não podemos fugir do destino, da vocação. Quando falo assim com colegas que lá deixei, ouço de alguns que eu guardo esse amor pela farda e pela força terrestre porque saí cedo, ou seja, não ralei, como eles, por mais de trinta anos, e muito menos enfrentei idiossincrasias de superiores e até de colegas. Respondo-lhes simplesmente que eles podem até ter razão, porque nos poucos 12 anos em que estive na caserna, tive alguns desentendimentos por conta de tais fatores, mas meus problemas maiores foi contra injustiça que via muitas vezes no quartel, o tal do “erre quero”. Vi muito “fulano, você está detido até segunda ordem”. Aí eu perguntava a quem tinha dado essa esdrúxula ordem de deter alguém até segunda ordem, a razão da medida, e ouvia sempre algo do tipo “eu é que quero”.

Obviamente que a pessoa ouvia sempre algo do qual não gostava, como quando disse a um tenente da PE que ele não era dono da liberdade e da vida de ninguém, só porque ele deixou um cabo detido por uma patrulha da PE, mediante a determinação de recolhê-lo preso ao quartel, e eu que era o sargento supervisor da área do policiamento, depois de analisar e caso e chegar a conclusão que era simplesmente para anotar e liberar, assim agi de acordo com o vade mecum do PE. Só que ele acusando-me de ter-lhe desobedecido, ameaçou-me, e eu respondi-lhe que adotasse a medida que quisesse, mas que eu agi de acordo com o regulamento, e que ele não era dono da vida e da liberdade de ninguém, mesmo de um subordinado transgressor. Naquela época, amigo, eu já pregava, sem querer, o princípio da legalidade.

E sempre fui intransigente com relação a tratamento cortês e respeitoso. Por isso, tivesse continuado até a reserva remunerada poderia até pegar punições que certamente me prejudicariam, seja na liberdade, seja na carreira, como no caso acima no qual o oficial poderia me dar voz de prisão em flagrante por crime de recusa de obediência. Mas essas são conjecturas “se”, “se”, “se”, partícula condicional que nos remete ao passado para pensar no que poderia ser, quando podemos construir o ser atual e programar o do futuro, é perda de tempo, considerando que ninguém, até hoje, pelo menos na vida real, porque na ficção isso já foi feito, retornou para recomeçar o que deixou atrás.

Portanto, e para não me alongar muito, porque tenho uma mania arretada de romancear as coisas, você pode ter certeza que ser militar era tudo que eu gostaria de ter sido, mas o que me levou a mudar o itinerário de minha vida foram decepções, embora afirme com todas as letras que o militarismo ainda é uma das carreiras mais bonitas e dignas que conheço, já que inexiste outra mais forjadora de caráter do que ele, e esse convencimento só adquiri na vida civil. Tivesse ficado, até hoje estaria lastimando a mudança que poderia ter feito, e não fiz, ou sequer teria condições de fazer essas comparações, não é mesmo?

VISITA DE OBAMA FOI O MAIOR TESTE PARA A SEGURANÇA DO BRASIL DESDE O PAN

A segurança em torno do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi um dos principais testes para as Forças Armadas e as polícias do Brasil desde a realização dos Jogos Pan-Americanos, em julho de 2007, no Rio de Janeiro. No evento, o país colocou em prática pela primeira vez um esquema de trabalho conjunto entre as polícias estaduais e federais e a adoção de novas técnicas e equipamentos de segurança pública. No caso de Obama, a atuação dos brasileiros ficou no apoio ao serviço secreto norte-americano, o chamado “círculo de proteção”, que consistiu na manutenção da vigilância nos locais por onde o chefe de Estado passaria e os hotéis onde se hospedou, além de compor o comboio presidencial.
Para especialistas, tanto as polícias Federal, Civil e Militar, além das Forças Armadas, possuem hoje condições de atuar em qualquer tipo de evento de grande porte, como competições esportivas internacionais e a segurança de uma autoridade do quilate de Obama. Antes do Pan-Americano, o país se mobilizou para outro fato que exigia um forte esquema de segurança: a visita do papa Bento XVI, em maio de 2007. Mais de 10 mil agentes de todas as polícias e das Forças Armadas estiveram em ação - um efetivo pouco maior do que o usado na visita do presidente dos Estados Unidos. O forte aparato teve uma justificativa: o religioso passaria em carro aberto pelas ruas de São Paulo. Se Obama fizesse o mesmo em alguma cidade brasileira, segundo especialistas, os números da segurança duplicariam.
Segundo o especialista em segurança pública Daniel Sampaio, a partir de 2007, as instituições se capacitaram após receberem investimentos em novos equipamentos. “Isso ocorreu principalmente nas áreas de contraterror, detecção e destruição de materiais explosivos, além da inteligência, que é o essencial em ações de segurança”, explica Sampaio, criador do Comando de Operações Táticas (COT), o grupo de elite da Polícia Federal. Ele também foi um dos coordenadores do esquema de segurança do Pan do Rio. “Hoje, 90% do trabalho têm que ser de inteligência, pois gera a prevenção de incidentes. Sobra uma pequena parcela destinada à repressão, que é onde nunca queremos chegar.”
Daniel Sampaio avalia que as Forças Armadas também têm uma boa atuação na segurança de autoridades estrangeiras, mas a atuação direta nas ações pode representar um risco. “Muitos dos soldados que estão ali não possuem um preparo como o da polícia”, observa o especialista. Mesmo assim, ele avalia que a presença de Exército, Marinha e Aeronáutica em eventos como a segurança de Obama é fundamental pelo fato de também estarem bem equipadas para esse tipo de trabalho. No esquema montado para o presidente dos Estados Unidos, o Exército e as outras duas corporações militares ficaram de prontidão e atuaram em barreiras pelos trajetos do presidente, incluindo o monitoramento naval e do espaço aéreo.
Estado de Minas

SETECENTOS JOVENS PRESTAM JURAMENTO À BANDEIRA EM MARINGÁ

Classe de 1992 jurou defender a Pátria simbolizada pela Bandeira Nacional (Assessoria/Prefeitura de Maringá)
A solenidade de Juramento à Bandeira reuniu mais de 700 pessoas no Centro de Convivência Comunitário nesta quinta-feira (17). Os jovens da classe de 1992, alistados e dispensados por excesso de contingente, juraram defender publicamente a Pátria simbolizada pela Bandeira Nacional. Eles receberam o Certificado de Dispensa de Incorporação embora não estejam totalmente livres do Serviço Militar podendo serem chamados em situações especiais, como em caso de guerra.
A cerimônia foi conduzida pelo delegado da 3ª Delegacia do Serviço Militar, 1º tenente Gilberto Muller da Silva, e prestigiada pelo prefeito em exercício, Roberto Pupin, o secretário da Junta Militar de Maringá, Antônio Amaral Carolino, o vereador Luiz do Postinho representando a Câmara Municipal, autoridades civis, militares e familiares.
O secretário da Junta Militar de Maringá, Antônio Amaral Carolino, aproveitou a solenidade para fazer um alerta sobre o perigo da drogas. "Jovens, valorizem seus pais, pois a família é um dos bens mais preciosos que temos. Reflitam que os usuários de drogas ajudam a criminalidade e violência a invadir os lares brasileiros", destacou.
O primeiro tenente Muller agradeceu o apoio da Secretaria da Junta Militar e Prefeitura ao Exército Brasileiro. "A administração municipal está de parabéns por sempre ceder a estrutura necessária para o atendimento a esses jovens", agradeceu Muller.
O prefeito em exercício, Roberto Pupin, lembrou que o respeito e a humildade são grandes qualidades que os jovens devem buscar e que eles têm papel fundamental para o desenvolvimento do município. "Prestem muita atenção, o futuro de nossa cidade depende muito de vocês. Ajudem Maringá a continuar a ser uma cidade agradável de viver",afirmou.
O jovem que não estiver regular no alistamento de Serviço Militar fica impedido de retirar a carteira de habilitação, passaporte, título de eleitor, carteira de trabalho e assumir cargos públicos.
o diário.com

EXÉRCITO GASTA FORTUNA "TÉCNICA"

O Exército pagou R$ 34 milhões por 121 viaturas operacionais. Quais? A “informação é muito técnica”, esquivou-se o comando. Ah, bom.
CLÁUDIO HUMBERTO

A ESCOLA DE SARGENTOS DAS ARMAS E A GESTÃO AMBIENTAL

Três Corações (MG) – A preocupação do Exército com o meio ambiente está evidenciada na legislação militar, que determina ações e define os agentes responsáveis por medidas de preservação em cada Organização Militar.
A Escola de Sargentos das Armas, assim como outras Organizações Militares do Exército, está focada nas diretrizes da Força e tem, em suas Normas Gerais de Ação, um capítulo específico sobre Gestão Ambiental.
Baseada nessas Normas, hoje a EsSA realiza coleta seletiva de lixo, coleta seletiva de resíduos e rejeitos, que são reaproveitados na alimentação de animais, e a coleta de óleos inservíveis para a escola, que são destinados a uma empresa especializada, que atua dentro da legislação ambiental. Além disso, há uma preocupação constante com a recuperação da área dos dois campos de instrução da escola, que são constantemente fiscalizados a fim de evitar problemas ambientais.
A água, oferecida aos militares da EsSA, é captada do Rio Verde e submetida a uma série de tratamentos apropriados, que reduzem a concentração de poluentes até o ponto em que não apresentem riscos à saúde. A Escola conta também com uma estação de tratamento de esgoto, composta por reatores que recebem o esgoto bruto e o processa sem causar danos ao ambiente, e seus jardins estão circundados por frondosas árvores de ipês, pau-ferro, palmeiras e outras, que foram plantadas por integrantes da OM.

O programa de gestão ambiental da EsSA vem sendo constantemente aprimorado. A perspectiva para 2011 e 2012 é a introdução de cobranças de gestão ambiental nos processos de licitação de fornecedores de produtos e prestadores de serviços, a chamada licitação sustentável.
Todos os militares estão engajados e comprometidos com a Gestão Ambiental. Os futuros Sargentos das Armas, hoje alunos, serão agentes difusores, fundamentais para que haja mudanças e melhorias no Exército Brasileiro.
EB (leia mais na Revista Verde-Oliva Nº 207 - Edição Especial de Dezembro de 2010)

OFICIAL DO EXÉRCITO É ASSALTADO EM CUIABÁ

Oficial do exército é assaltado ao sair do carro

Os ladrões estão aproveitando de pessoas com defeito em veículo para assaltá-las. O fato ocorreu na noite de segunda-feira (21), no bairro Morada do Ouro, próximo do condomínio Morada do Parque. Um oficial do Exército parou o carro e, em seguida, um homem armado com revólver o rendeu e roubou dinheiro, o relógio e o celular.
O assalto ocorreu, por volta das 19 horas, quando o movimento de veículos era grande. Conforme o militar, assim que sentiu um defeito mecânico, parou o veículo e, ao abrir a porta, foi rendido pelo assaltante que fugiu, em seguida.
Moradores próximos disseram que ocorrem assaltos na região, mas em horários mais tarde, principalmente após as 23 horas. O roubo será investigado pelo Cisc do Planalto.
MÍDIA NEWS

EM ENTREVISTA, DILMA DEFENDE CRIAÇÃO DA COMISSÃO DA VERDADE

Em entrevista a TV portuguesa, Dilma defende criação da Comissão da Verdade
Presidente disse confiar na aprovação do projeto de lei que instaura o órgão
A presidente Dilma Rousseff defendeu, em entrevista a uma TV portuguesa, a criação da Comissão da Verdade, órgão do governo que ficará responsável por apurar crimes cometidos durante a ditadura militar (1964-1985), como morte, tortura e desaparição forçada.
Durante a conversa, que durou cerca de 45 minutos e será exibida no domingo (27), Dilma afirmou que “é muito importante” que o Congresso aprove o projeto de lei que instaura a Comissão da Verdade.
O texto, encaminhado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Legislativo em maio do ano passado, está parado na Câmara dos Deputados desde então.
- Eu confio que será aprovada. Eu confio no meu apoio parlamentar.
Na entrevista, a presidente também foi perguntada sobre a visita do colega americano, Barack Obama, ao Brasil. Indagada se havia ficado chateada pelo fato de o início dos bombardeios à Líbia ter ocorrido enquanto Obama estava no país, Dilma afirmou que “não gosta de declaração de guerra onde quer seja”.
Ao lembrar a decisão de reajustar o salário mínimo para R$ 545, enfrentando a resistência dos trabalhadores, Dilma ponderou que, quando chega ao poder, um governante precisa tomar algumas medidas duras nos primeiros meses de mandato. O corte de R$ 50 bilhões no Orçamento também foi mencionado.
Quanto à relação com figuras polêmicas, como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o senador Fernando Collor (PTB-AL), a presidente afirmou que quem estiver de acordo com seu projeto de governo será bem-vindo.
- O Brasil é um país de grandes diversidades, e quem não entender estas diversidades não pode governar um país como o Brasil.
Dilma viaja a Portugal na próxima semana. Durante a visita, ela participará da cerimônia em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o título de doutor honoris causa da Universidade de Coimbra.
AGÊNCIA ESTADO

AUTORES DO ROUBO DE FUZIS DO EXÉRCITO EM CAÇAPAVA TÊM PENA AUMENTADA

MPM obtém aumento de pena para envolvidos no roubo de fuzis em Caçapava/SP
Apelação interposta pela Procuradoria de Justiça Militar em São Paulo foi provida pelo Superior Tribunal Militar que, em sessão realizada ontem (22), aumentou pena imposta a envolvidos no roubo de sete fuzis municiados e equipamentos da guarda do paiol do 6º Batalhão de Infantaria Leve, em Caçapava/SP, ocorrido em 8 de março de 2009
A maior majoração de pena foi imposta a ex-cabo do Exército, que teve a pena aumentada de 9 anos para 15 anos, 9 meses e 9 dias de reclusão, pela prática do crime de roubo qualificado, art. 242, §2º, incisos I, II e IV do Código Penal Militar. Na apelação, o MPM em São Paulo alegou que a conduta do ex-militar era passível de maior condenação diante das informações privilegiadas que ele possuía, devido à sua condição de militar e por servir na unidade na qual foi praticado o roubo.
Um outro civil que integrou o grupo que invadiu o quartel teve a pena aumentada de 5 anos e 4 meses para 6 anos e 3 meses, também por roubo qualificado. Para o MPM não havia nenhum atenuante que justificasse a pena reduzida anteriormente aplicada. Os outros quatro civis com pena acrescida foram condenados por receptação e as penas aumentaram, todas, para 4 anos de reclusão.
No julgamento na 1ª Auditoria da 2ª CJM, em São Paulo, ocorrido em 28 de abril de 2010, o Conselho Permanente de Justiça para o Exército havia condenado 10 pessoas pelo roubo de Caçapava/SP. Dessas, a maior pena foi atribuída ao líder do grupo, vulgo “Sapão”, 16 anos de reclusão, em regime fechado, sem direito de apelar em liberdade, por roubo qualificado. O condenado chegou a interpor apelação ao STM, requerendo redução da pena, mas foi improvida. Ressalte-se que todos os condenados estão presos.

O Roubo
No dia 08 de março de 2009, cinco homens, encapuzados e armados, entraram no quartel do 6º BIL, renderam sete militares, e subtraíram sete fuzis calibre 7.62mm, com seus respectivos carregadores. Além das armas e munições de uso exclusivo do Exército, foram subtraídos seis conjuntos de materiais individuais compostos por cinto e suspensório de campanha, porta-carregador e sabre com porta-sabre, abandonados posteriormente pelos infratores e apreendidos pelas autoridades policiais.
Durante a ação criminosa, um dos condenados ficou no carro para facilitar a fuga enquanto os outros quatro cortaram parte da cerca e entraram pelo saguão central do corpo da guarda. Os militares que lá estavam foram rendidos e tiveram os fuzis que portavam subtraídos. Em seguida, sob a orientação do ex-militar que compunha a quadrilha, pegaram os fuzis que estavam no alojamento do comandante e dos soldados da guarda. Também foram roubados os fuzis de três soldados que estavam dormindo no alojamento da guarda. Durante a investida, dois militares foram feridos por coronhadas desferidas pelos invasores.
Os fuzis foram deixados em São José dos Campos/SP, numa casa alugada pelos denunciados. O armamento foi deixado naquele local por ser um bairro de classe média-alta, o que, segundo os criminosos, levantaria poucas suspeitas. De acordo com as investigações, o condenado, de apelido Sapão, foi quem convidou os demais comparsas e organizou as ações para a realização do assalto ao quartel visando subtrair fuzis para posteriormente vendê-los face a dívida que possuía com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Alguns fuzis chegaram a ser oferecidos em presídios.
 
Leia também:
EXÉRCITO PRENDE CABO SUSPEITO DO ROUBO DE FUZIS EM CAÇAPAVA
O Exército confirmou a prisão de um cabo das Forças Armadas por suspeita de participação no roubo dos fuzis do batalhão de Caçapava, a 116 km de São Paulo.

O militar está preso no 6º Batalhão de Infantaria Leve da cidade desde domingo (17) e fica à disposição da Justiça Militar. O Exército deve se manifestar oficialmente ainda nesta terça-feira (19). Na quarta-feira (13) mais um dos fuzis roubados foi encontrado pela Polícia Civil em Caraguatatuba. Até esta terça-feira, cinco pessoas foram presas e seis dos sete fuzis roubados foram recuperados.

Do portal G1

Militar pode deixar Exército sem ressarcir despesas de formação

 Uma das principais dores de cabeça, sobretudo dos militares recém formados e que querem buscar outra profissão é o ressarcimento das despesas de sua formação, que a União vem cobrando desses pretendentes.


Em decisão do TRF-2, o desembargador federal Guilherme Couto de Castro escreveu: "as Forças Armadas não podem se negar a conceder a demissão de militar sob o argumento de que o mesmo não ressarciu as despesas com sua formação."

PJM Curitiba denuncia ex-cabo que subtraiu autos de IPM no qual estava indiciado

 A Procuradoria de Justiça Militar em Curitiba/PR ofereceu denúncia contra ex-cabo do Exército por subtração de documentos, crime previsto no artigo 337 do Código Penal Militar. Os papéis subtraídos eram referentes a Inquérito Policial Militar, instaurado pelo 23º Batalhão de Infantaria, localizado, em Blumenau/SC, no qual o denunciado era uma dos indiciados

O IPM que investigava supostas fraudes na Guarnição de Serviço de Área de Instrução do Batalhão foi aberto em 5 de janeiro de 2010. As investigações prosseguiram até o mês seguinte e, ao final, os autos deveriam ser remetidos, pelos Correios, para a 5ª Região Militar / 5ª Divisão do Exército e, em seguida, para a Auditoria da 5ª Circunscrição Judiciária Militar, em Curitica/PR.
Sabendo de toda a movimentação, o denunciado entrou em contato com a Agência Central de Correios de Blumenau –SC,onde os autos foram entregues para postagem, e solicitou a devolução dos documentos alegando necessidade de inclusão de outros papéis. Ainda que os procedimentos dos Correios exijam a apresentação da primeira via do comprovante de postagem, o ex-cabo conseguiu retirar os documentos sem maiores obstáculos. Fardado, o militar afirmou que traria o recibo na semana seguinte e assinou um comprovante de retirada em nome de pessoa inexistente.
Depois de alguns dias, a 5ª RM telefonou para o 23º B I comunicando que até então não havia recebido os autos do IPM. Somente em 12 de abril de 2010, o denunciado, licenciado das fileiras do exército, entrou em contato confessando que havia retirado os autos do IPM dos Correios e que eles se encontravam com seu advogado. O IPM foi devolvido no dia seguinte.
O MPM requer a condenação do ex-militar pela prática do crime de subtração de documentos, cuja pena prevista no CPM é de dois a cinco anos de reclusão.

Militares, Nunca Mais!

Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos partidos políticos sérios, honestos e progressistas. Cresce o grupo que não quer mais ver MILITARES NO PODER, pelas razões abaixo:

Militar no poder, nunca mais. Só fizeram lambanças:

Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista.

Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora. Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.

Criaram esse maldito do Pro-Álcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia. Para apressar logo o fim do chamado "ouro negro", deram um impulso gigantesco à Petrobrás, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.

Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial. Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do "estou desempregado".

Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo. Uma desgraça completa. Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos.

Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça. Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (TUCURUÍ, ILHA SOLTEIRA, JUPIÁ e ITAIPU), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos. O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades. Baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.

Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes, só porque soltaram uma "bombinha de São João" no aeroporto de Guararapes, onde alguns inocentes morreram de susto apenas. Os militares são muito estressados. Fazem tempestade em copo d'água só por causa de alguns assaltos a bancos, seqüestros de diplomatas... ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

Inventaram um tal de FGTS, PIS e PASEP, só para criar atritos entre empregados e patrões. Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever , aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.

Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho , pedindo esmolas para sobreviver.

Outras desgraças criadas pelos militares: Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M.

Criaram a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM. Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo.

Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguinte, não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram. Graças a Deus! Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos: "Militar no poder, nunca mais"!!! salvo os domesticados.

Autor desconhecido
Nota: Na internet, o texto é atribuído a Millor Fernandes, que nega a autoria.

Gente honrada, brava gente

Por Ernesto Caruso
A Revolução para livrar o Brasil do comunismo em 31 de março de 1964 foi um ataque preliminar vitorioso, fato histórico, inconteste e sobejamente comprovado pela débâcle da União Soviética, matriz do regime comunista que mais semeou a morte, comprou mentes e traidores, ensinou o terrorismo, explodiu e metralhou inocentes, prostrou exangues oponentes aos milhares de milhares, fuzilou e enforcou, gerou apátridas, em nome da utopia, nada a ver com os ideais da Revolução francesa de liberdade, igualdade e fraternidade. Palavras, lema e aspirações intrínsecas à natureza do ser humano.

Revolução de 1964 sem mortos e feridos pela clarividência de líderes civis e militares e principalmente de comandantes cujo aço das suas espadas é o símbolo do poder a serviço do Estado e não para saciar o próprio orgulho, vaidade, bolso, e pior, a subserviência, fechando os olhos ao descaminho de governantes — chefes de barro, corruptos, aprendizes de ditador — se rebaixando para catar migalhas que ao chão se espalham se esquivando da luz que do alto lhes atinge a alma e fere o coração pela injustiça que ajudam a praticar.

Tal incomparável Revolução não se iguala às atrocidades havidas na matriz do comunismo onde foi instruído Luís Carlos Prestes, executor juntamente com Olga Benário, sob as ordens da União Soviética, da primeira fracassada investida contra a liberdade, na malfadada Intentona Comunista de 1935. Brasileiros, vítimas de “colegas” de farda e das armas que a Nação lhes confiara. Solo pátrio que juraram defender ensangüentado por suas mãos criminosas contracenado plenos de alegria na rendição.

A lealdade a Moscou era o primeiro mandamento; Prestes a demonstrou em discurso no Senado.

Esse “admirável modelo de gestão do estado”, segundo autores, produziu um número de mortos que atinge aproximadamente nove milhões, sendo executados, 1,5; por fome e privações, cinco milhões; deportados, 1,7 milhão; prisioneiros civis, um milhão. Outros estimam em até vinte milhões.

Inegável é a presença do Exercito soviético massacrando os anseios de liberdade em nome da ditadura do partido único.

Na Hungria, estima-se que 600 mil foram condenados entre 1948 e 1953; em janeiro de 1957, os húngaros contabilizavam 2500 mortos e 20 mil feridos nas tentativas de se livrarem do tacão vermelho.

Em Cuba, o regime comunista de Fidel Castro, ainda ídolo de governantes brasileiros, fuzilou entre 15 mil e 17 mil pessoas.

O líder comunista do Camboja, Pol Pot, eliminou 1,7 milhão de opositores.

À luz da verdade, não há comissão que possa transformar os fatos, a menos que faça uso da mentira e dos efeitos especiais.

A revolução de 1964 não foi um ato de indisciplina, foi um ato de coragem, sob o manto da responsabilidade do Poder Militar a serviço da Nação brasileira.

Não é indisciplina quando o segmento militar emite a sua opinião sobre questões nacionais; não é uma estrutura invertebrada. Transgressão da disciplina é componente da hierarquia para manter o conjunto harmônico e, conscientemente, é treinamento para as ações de combate.

Não se refere à cúpula do cidadão fardado, designado constitucionalmente de militar e diplomado nas universidades militares, que tem obrigação de esclarecer à Nação as suas preocupações. As ordens de governo devem ser cumpridas, mas as absurdas podem ou não, dependendo do ser de cada um.

Honra e gloria aos que lutaram, arriscaram a própria vida e a de familiares, aos que foram feridos, mortos e mutilados, defendendo a democracia, livrando os brasileiros da barbárie vermelha, da foice e do martelo.

Marco histórico que preservou o nosso povo de tanto morticínio ficou registrado na madrugada do dia 31 de março, quando as forças do General Olimpio Mourão Filho deixaram Juiz de Fora, sede da 4ª Região Militar, indo em direção ao Rio de Janeiro, como a reviver o inigualável Duque de Caxias, na ponte de Itororó:

- “Sigam-me os que forem brasileiros.”

O Brasil o seguiu.

Salvou-nos de um muro separatista como o de Berlin, manteve a integridade territorial herdada, sem essa de Brasil Oriental, Brasil Ocidental, do Norte, do Sul como em vários países, Coréia, Vietnam, China, Alemanha, e, graças a Deus, ao povo brasileiro e às Forças Armadas, sem territórios liberados, ações terroristas e de guerrilha, ainda sofrimento dos colombianos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, e, livrando muita gente “boa” dos “trinta dinheiros” e da política, hoje seus aliados, do “paredón” tipo cubano, missão dos comunistas que se engajaram na luta armada, aprendizes de Che Guevara.

Ernesto Caruso é Coronel da Reserva do EB.

De quem é a culpa?

Por Gilberto de Figueiredo
A tese, ouvi de um amigo – o Gen Luiz Cesário da Silveira Filho – e a julguei muito pertinente. Por que imputar a culpa aos agentes do estado que combateram a guerrilha do Araguaia pela morte de alguns de seus integrantes, como querem alguns extremistas?

Afinal, o que estavam fazendo era defender a ordem contra um bando de foras da lei, sem nenhum senso ético a nortear suas ações, que queriam, unicamente, implantar no Brasil um regime ditatorial de esquerda. As tropas estavam, em última análise, cumprindo com seus deveres. A verdadeira culpa deveria ser atribuída a João Amazonas e seus sequazes, responsáveis pela malfadada aventura.

Vejamos como tudo começou. Em 1960 houve um racha entre os comunistas brasileiros. Enquanto o PCB se propunha a seguir a orientação emanada do XX Congresso do PCUS (Partido Comunista da União Soviética), de 1956, que passou a propugnar pela via pacífica para a tomada do poder, Maurício Grabois e João Amazonas, entre outros, insistiam em priorizar a luta armada. Foram expulsos do PCB e fundaram o PC do B, com o intuito de seguir a orientação de Mao Tse-tung, maior ideólogo da revolução chinesa, que apregoava: “não é possível transformar o mundo a não ser com o fuzil”.

Em 1962, dois anos antes portanto do movimento de 1964, o PC do B passou à defesa aberta do uso da violência revolucionária para a imposição de um governo popular. Apoiando-se no exemplo da China, iniciou a organização de um movimento guerrilheiro que seria: “a forma principal de luta na fase inicial da guerra popular, através da qual é que se poderá iniciar a ação armada contra os inimigos da Nação e começar a estruturar as Forças Armadas Populares”.

Isso resolvido, faltava a preparação de quadros para viabilizar a luta armada. Decidiu-se, então, enviar à China, em 1964, ainda no governo de João Goulart, o primeiro grupo de militantes para ser treinado na Academia Militar de Pequim. Tais circunstâncias jogam completamente por terra a justificativa, hoje usada, de que a luta no Araguaia foi criada para combater a “ditadura militar”, ao constatar-se que a decisão sobre o implante da guerrilha, bem como seus preparativos, antecederam o episódio de 31 de março de 1964.

A partir de 1966, o PC do B começou a infiltrar seus combatentes na área inicialmente escolhida, situada ao norte do estado de Tocantins, na região conhecida como “bico do papagaio”. O território, que passaram a designar como Araguaia, prestava-se aos desígnios de seus articuladores. Coberto por exuberante floresta, era escassamente povoado por gente em completo abandono. Pretendia o PC do B, de princípio, conseguir o apoio dessa população carente, através de um trabalho de massas e de alguma assistência social.

Os primeiros ativistas a chegar foram da cúpula do partido, juntamente com quadros dotados de preparo militar, obtido em cursos na China. Lá arribaram estrelas como João Amazonas, Maurício Grabois, Elza Monerat, Ângelo Arroyo, Osvaldo Orlando da Costa,Nélson Piauhy Dourado e Líbero Giancarlo Castiglia, entre outros. Quase todos morreram na contenda, conseguindo escapar João Amazonas, Elza Monerat e Ângelo Arroyo. Esses fugiram da área quando sentiram que suas integridades estavam em perigo. E deixaram para trás seus partidários, que haviam induzido àquela aventura.

Após algum sucesso nas fases iniciais do conflito, os guerrilheiros foram surpreendidos pela renovada forma de atuar das forças legais que passaram a empregar pessoal altamente preparado para o combate na selva e para o enfrentamento à guerra de guerrilha. Essas tropas, com determinação e coragem, foram isolando e acuando as diferentes células guerrilheiras. A dificuldade imposta pelo meio hostil, a ação firme dos militares e a absoluta falta de apoio da cúpula do partido a que se viram relegados, levaram os guerrilheiros a sofrerem baixas consideráveis, até ficar claro que a única alternativa era encerrar o movimento.

Na história militar não há registro de guerra em que não tenham sido cometidos excessos, de parte a parte. Nessa não foi diferente. Os guerrilheiros, inclusive, que hoje posam de vítimas, cometeram grande número de atrocidades. Transcrevo, a título de exemplo, três casos que recolhi no site do Grupo Terrorismo Nunca Mais (www.ternuma.com.br):

1. Odilio Cruz Rosa, Cabo de Exército.Morto na região do Araguaia, quando uma equipe comandada por um Tenente e composta ainda, por dois Sargentos e pelo Cabo Rosa, foram emboscados por terroristas comandados por Oswaldo Araújo Costa “Oswaldão”, na região de Grota Seca, no Vale da Gameleira. Neste tiroteio foi morto o Cabo Rosa e feridos o Tenente e um Sargento. Julgando que o Cabo Rosa estivesse desgarrado da equipe, o Tenente e os dois Sargentos retiraram-se para Xambioá, à procura de atendimento médico. Lá souberam, através de um mateiro, que o Cabo Rosa tinha sido morto e que “Oswaldão” dissera aos habitantes da região que permaneceria mantendo guarda ao corpo do Cabo, até que ele apodrecesse, e que o Exército não teria coragem para resgatá-lo. Foi formada uma patrulha com a missão de localizar e resgatar o corpo do Cabo Rosa, A patrulha cumpriu sua missão, sem ser molestada pelos guerrilheiros comandados por “Oswaldão”.

2. Francisco Valdir de Paula, Soldado do Exército - Instalado numa posse de terra, no município de Xambioá, fazendo parte de uma rede de informações montada na área de guerrilha, foi identificado pelos terroristas e assassinado. Seu corpo nunca foi encontrado.

3. Pelo pretexto de não dispor de uma estrutura administrativa que lhes permitisse isolar desertores, elementos não-colaboradores ou militares eventualmente caídos prisioneiros ou feridos, as FOGUERA (Forças Guerrilheiras do Araguaia) constituíam os “Tribunais Revolucionários” para “julgar” e “justiçar” indesejáveis. A esse poder supremo são creditadas as mortes de Rosalino Cruz Souza, militante desertor, e dos moradores locais Osmar, Pedro “Mineiro” e João “Mateiro”. A eliminação fria de inimigos foi tacitamente admitida no chamado Relatório de Ângelo Arroyo (Editora Anita Garibaldi – 1996), de autoria de um dos dirigentes da Comissão Militar, que assinalava como erro de “certa importância” para a derrota no Araguaia: “Não se ter justiçado determinados inimigos. É o caso dos bate-paus como Pernambuco, Antônio e o irmão, e talvez os elementos que haviam chegado de fora, suspeitos de pertencerem ao Exército”.

Em resumo, a cúpula do PC do B levou um grupo de jovens imbuídos de um ideal – perverso, mas ideal – para uma aventura suicida na selva amazônica. Quando a situação começou a apertar, desertaram da área, deixando ao absoluto desamparo seus companheiros de luta. As forças legais combateram duramente no ambiente difícil da selva, não fazendo mais do que cumprir missão recebida. Cuidaram de suas baixas, como sempre aconteceu com as Forças Armadas brasileiras.

Por outro lado, os guerrilheiros não se interessaram, não quiseram ou não priorizaram o sepultamento dos militantes mortos. Cabe, então, repetir a pergunta do título. De quem é a culpa pelas mortes ou desaparecimentos do Araguaia?

Gilberto Barbosa de Figueiredo, General de Exército, foi Presidente do Clube Militar.

Comissão da Verdade: Jobim, Maria do Rosário e Cardozo mostrarão união

Ministros de Dilma irão juntos à Câmara para defender o projeto

Roberto Maltchik  O Globo


BRASÍLIA. Para sinalizar publicamente que o governo adotou o mesmo discurso em relação à criação da Comissão da Verdade, a presidente Dilma Rousseff determinou que três ministros defendam, juntos, a proposta na Câmara dos Deputados. Até o final do mês, Nelson Jobim (Defesa), Maria do Rosário (Direitos Humanos) e José Eduardo Cardozo (Justiça) terão audiência com o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), para articular a aprovação do projeto.
Ontem, Maria do Rosário foi à Comissão de Direitos Humanos do Senado para negar que exista uma disputa com as Forças Armadas e assegurou que o "único sentido" da Comissão é desvendar como desapareceram e onde foram parar os corpos das vítimas da ditadura.
- Não há cisão (com as Forças Armadas). Nós queremos saber o que ocorreu com cada um que participou da luta democrática no Brasil. E apenas para isto, apenas com o sentido de encontro, reconhecendo que todas as instituições, e inclusive as instituições das Forças Armadas da atualidade, são instituições vocacionadas para a democracia - afirmou a ministra.
O GLOBO revelou na semana passada documento do Comando do Exército que protesta contra a criação da Comissão da Verdade. No texto, os militares afirmam que o único objetivo da proposta seria "reabrir feridas" do passado.

Ministra garante entendimento com militares

De acordo com Rosário, o clima é de "trabalho" e existe "entendimento" entre as Forças Armadas e o restante do governo.
- As Forças Armadas da atualidade são parte de um processo de aprofundamento democrático e são resguardo da soberania nacional. Pensamos unicamente na democracia e nos direitos humanos ao propor a Comissão da Verdade - disse Maria do Rosário.
A visita conjunta de três ministros à Câmara dos Deputados é um dos instrumentos encontrados pelo governo para demonstrar que a Comissão da Verdade é defendida por todo o governo, e não tão somente por setores ligados aos direitos humanos. Na Câmara, os partidos ainda não indicaram os representantes para participar da Comissão Especial, que vai debater o tema.
No Senado, a ministra renovou o apelo pela aprovação célere da proposta.
- Esta é uma questão da nação brasileira, e ela não é de governo ou de oposição - ressaltou.

LDO PREVÊ AUMENTO PARA OS MILITARES EM 2011

Notícia do ano passado, mas não custa lembrar para não cair no esquecimento.

Lei de Diretrizes Orçamentárias é sancionada com ganhos acima da inflação também para o salário mínimo nacional
Servidores civis e militares terão reajustes salariais garantidos no ano que vem. A autorização está prevista nos Artigos 83 e 84 da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2011, sancionada segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada ontem no Diário Oficial da União. A medida vale para ativos, inativos e pensionistas.
A revisão geral das remunerações também está prevista para os Poderes Legislativo e Judiciário, assim como para o Ministério Público da União, além de autarquias e fundações públicas. O percentual é que ainda não está definido e deverá ser especificado em lei a ser sancionada pelo próximo presidente da República, que tomará posse em janeiro. A LDO também condiciona o aumento à disponibilidade orçamentária do ano vigente.
O DIA ONLINE

Capitão Fernando e entrevista sobre Regime Militar

Capitão Fernando publicou em seu blog http://capitaofernando.blogspot.com/:

Entrevista sobre tema "Ditadura militar"

Fui procurado por um importante telejornal, de âmbito nacional, para ser entrevistado acerca do tema "Ditadura Militar".
Eles me pediram auxílio para encontrar algum militar da "velha guarda" que possa também ser entrevistado e defender seu ponto de vista de forma aberta e pública.
Caso haja interessados, por favor peço que me contate pelo email: capitaoluisfernando@gmail.com ou telefone (51) 9705-2885

Exército retira celebração de data de início da ditadura

O Exército retirou do seu calendário oficial a comemoração do dia 31 de março, que marca o início da ditadura militar (1964-1985).

Até novembro do ano passado, a "data comemorativa" ainda constava do portal do Exército na internet.

Questionada pela Folha ontem, a assessoria de imprensa confirmou que o dia constava do calendário decomemorações, mas não soube informar o motivo da mudança no final do ano.
Segundo a assessoria, outras datas também foram retiradas, mas ela não soube exemplificar quais eram.



Em nota enviada ao jornal, o Exército afirmou que "datas comemorativas constantes do novo portal" são o Dia da Pátria (7 de setembro), o Dia da Vitória (8 de maio), o Dia do Reservista (16 de dezembro) e o Dia da Bandeira (19 de novembro).

Ainda segundo a nota, comemoram-se as datas magnas das três Forças Armadas; e as datas de Armas, Quadros e Serviços do Exército (como infantaria e cavalaria).
 
 
Jornal Floripa