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Cúpula militar condena Comissão da Verdade

Já está formalizado o desgaste da cúpula militar com a Presidenta Dilma Rousseff. E não é por questões salariais ou pelo novo descumprimento da promessa de reequipamento das três Forças. Os Altos-Comandos do Exército, Marinha e Aeronáutica formalizaram ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, a completa contrariedade com a criação da Comissão Nacional da Verdade – que seria uma das prioridades da ex-guerrilheira Dilma.O Globo de hoje publica reportagem de Evandro Éboli informando que Jobim recebeu, mês passado, um documento com pesados ataques à proposta de criação da Comissão da Verdade. Na crítica militar, a comissão só serviria para abrir uma "ferida na amálgama nacional". Na interpretação da cúpula das Forças Armadas, o que se está querendo é "promover retaliações políticas".

O texto foi escrito pela cúpula de Generais de Exército, tendo a adesão dos Brigadeiros e Almirantes.Os militares apontam sete razões contrárias à comissão. Argumentam que o Brasil vive hoje outro momento histórico e que comissões como essas costumam ser criadas em um contexto de transição política, que não seria o caso. "O argumento da reconstrução da História parece tão somente pretender abrir ferida na amálgama nacional, o que não trará benefício, ou, pelo contrário, poderá provocar tensões e sérias desavenças ao trazer fatos superados à nova discussão".

As Forças Armadas pregam que não há mais como apurar fatos ocorridos no período dos governos dos presidentes militares: "Passaram-se quase 30 anos do fim do governo chamado militar e muitas pessoas que viveram aquele período já faleceram: testemunhas, documentos e provas praticamente perderam-se no tempo. É improvável chegar-se realmente à verdade dos fatos".

Os militares se apegam à decisão do Supremo Tribunal Federal que julgou improcedente a Arguição de Preceito Fundamento 153, proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O STF negou a intenção da OAB de excluir da anistia os crimes previstos no artigo 5º, inciso XLIII da Constituição, confirmando que está em vigor a Lei 6683, de 28 de agosto de 1979, que concede a Anistia.

Confira a íntegra do documento produzido pelos militares, publicada pelo jornal O Globo:http://oglobo.globo.com/pais/arquivos/EvandroDoc0001.pdf

O recado das Legiões para a chefona-em-comando Dilma não poderia ser mais claro e objetivo. Quem fica agora, mais ainda na corda bamba, é o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Dilma já o esvaziou desde o começo do governo. São enormes as chances de Dilma substituí-lo – ou de ele mesmo “pedir para sair”, no jargão do Coronel-Capitão Nascimento.

Fonte: http://www.alertatotal.net/

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