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Moreira Mendes critica postura de General Elito


Em discurso na tribuna da Câmara, na tarde de segunda-feira, o deputado federal Moreira Mendes (PPS-RO) criticou duramente o comportamento do chefe do gabinete de Segurança Institucional do Governo Federal, general de Exército José Elito Carvalho Siqueira, na crise da usina de Jirau, ocorrida na semana passada em Porto Velho. Segundo o deputado, o general tratou a questão com desdém, impedindo que as Forças Armadas dessem o apoio necessário para o fim do conflito.
“Lamento profundamente que o comitê de segurança institucional do Governo Federal tenha se omitido nesta questão. O general Elito sequer atendeu aos telefonemas do governador, do senador (Valdir) Raupp e o meu próprio, sempre mandando um terceiro para interceder e dar resposta. O resultado é que as Forças Armadas, que estavam prontas lá em Porto Velho, não puderam ajudar Rondônia numa emergência dessas”, disse ele.
Moreira lembrou que os rondonienses não queriam que as Forças Armadas fossem cumprir o papel da Polícia Militar, mas que pelo menos dessem o apoio logístico para contornar a crise. “(As Forças Armadas) Não puderam ajudar o povo de Rondônia, mas puderam fazer a segurança do presidente (Barack) Obama”, ironizou.
Para o deputado, o que houve em Jirau foi um tumulto generalizado, sem motivo aparente. “Queimaram praticamente toda a parte direita do canteiro de obras, mais de 88 dormitórios, destruíram a parte das edificações, a rodoviária, área de lazer e grande parte do refeitório, uma coisa terrível”, relatou. O problema só foi resolvido, segundo ele, graças ao apoio imediato do Governo do Estado, por meio de suas forças de segurança.
“É preciso registrar a pronta atuação do governador Confúcio (Moura) e agradecer ao Dr. Marcelo Bessa, secretário de Segurança Pública - que presidiu o comitê de crise, ao major Maurício Gualberto, chefe da Casa Militar, ao tenente coronel Paulo César, ao presidente da Assembleia, deputado Valter Araújo, ao Ministério Público do Trabalho, e também ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que colocou cerca de 130 homens da Força Nacional de Segurança à disposição do Estado”.
Moreira Mendes também elogiou a construtora Camargo Correa pela forma responsável com que vem tratando a questão, sobretudo no que diz respeito aos trabalhadores. “A empresa proporcionou todos os meios para que nada de pior acontecesse, nenhuma morte, nenhum ferido, nem uma loja ou comércio de Porto Velho saqueado. Ela devolveu aos estados cerca de oito mil trabalhadores; foram mais de 300 ônibus, 12 aviões fretados, para levar os trabalhadores a suas origens, e nenhum deles perdeu sem emprego”, registrou.
A usina de Jirau é a segunda maior obra do Programa de Aceleração (PAC), do Governo Federal, em andamento no Brasil e está sendo construída no rio Madeira. Ao todo, emprega cerca de 20 mil trabalhadores.

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