Páginas

Militar reformado da marinha tenta matar médico dentro de consultório

 

Por pouco um médico psiquiatra não teve o pescoço cortado durante uma consulta na emergência do Hospital Ulisses Pernambucano, no bairro da Tamarineira, no Recife. O médico José Vieira, 67 anos, foi agredido por um militar reformado da Marinha, portador de esquizofrenia, que procurou a emergência psiquiátrica na noite da última terça-feira. O paciente chegou à unidade por volta das 23h40, acompanhado da mulher. 

Durante a consulta, pediu para ficar sozinho com o especialista. Assim que a mulher deixou a sala, o paciente puxou uma faca de cozinha do bolso e desferiu um golpe na direção do pescoço do médico, que estava sentado. Na tentativa de se defender, o psiquiatra entrou em luta corporal e acabou caindo no chão, agarrado ao paciente. O médico José Vieira terminou cortando um dos dedos da mão esquerda. O paciente foi rendido pelos enfermeiros da unidade e, depois, foi medicado. 

´Foi um instante que pareceu durar uma eternidade`, desabafou ontem à tarde, o médico José Vieira, que há 40 anos trabalha com psiquiatra e nunca havia sido agredido. O psiquiatra foi socorrido na emergência do Hospital Agamenon Magalhães. Após ter feito curativos na mão, José Vieira tentou prestar uma queixa na delegacia e não conseguiu. 

O médico queria que o paciente, que teve um surto psicótico, fosse encaminhado para o manicômio judiciário, uma vez que o militar reformado é considerado um perigo para a sociedade e à própria família. No entanto, o delegado plantonista da Delegacia de Casa Amarela, Carlos Santana, explicou que não poderia classificar a agressão como uma tentativa de homicídio e encaminhou o médico e o paciente para o DHPP. 

Já pela madrugada, o psiquiatra e o paciente retornaram para a Delegacia de Casa Amarela, onde o delegado plantonista alegou que só poderia registrar a ocorrência como crime de lesão corporal leve. Diante do impasse, o médico acabou desistindo de prestar a queixa. O militar reformado foi levado para o Ulisses Pernambucano. ´Ele precisa mesmo é de tratamento`, disse o médico. 

2 comentários:

  1. Conviver com esquizofrenico é como conviver com uma granada, preste a explodir a qualquer comento,esquizofrenico não pode ficar sem tratamento... ainda assim a gente vive em tensão...este médico correu risco de vida sim..., para os que vive com mania de perseguição, qualquer pessoa é um inimigo em pontecial....

    ResponderExcluir
  2. imcrivel esse brazil tem que mudar muito ainda shash

    ResponderExcluir