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“Operação Saúva”: três militares do Exercito envolvidos em fraudes

 

Segundo a PF, a “Operação Saúva” desarticulou uma quadrilha especializada em fraudar licitações de gêneros alimentícios do município de Manaus, do Estado do Amazonas e do Exército

Juiz Márcio Coelho de Freitas é o responsável pela tomada dos depoimentos

As 132 testemunhas de dois processos resultantes da “Operação Saúva”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2006, serão ouvidas ao longo desta semana na Justiça Federal. O juiz da 2ª Vara Federal Márcio Coelho de Freitas irá interroga-las a partir das 9h desta segunda-feira (13) e não tem hora exata para terminar os trabalhos a cada dia.
Segundo a PF, a “Operação Saúva” desarticulou uma quadrilha especializada em fraudar licitações de gêneros alimentícios do município de Manaus, do Estado do Amazonas e do Exército.
Na ocasião, a PF estimou que o grupo, em seis anos, movimentos cerca de R$ 354 milhões. A “Operação Saúva” teve grande repercussão pública também por flagrar conversas telefônicas entre políticos do Estado articulando criações de leis para pensões vitalícias e revelou interesses eleitoreiros, segundo o MPF, na indicação de conselheiros para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).
As testemunhas foram indicadas pelos 56 réus e pelo Ministério Público Federal (MPF) que apresentou a denúncia. O grupo foi acusado pelo MPF de crimes que vão desde formação de quadrilha e lavagem de dinheiro a uma longa lista de crimes tributários.
De acordo com o juiz federal Márcio Coelho de Freitas, os depoimentos serão prestados na sede da Justiça Eleitoral. Tudo será gravado pela Justiça.
A assessoria de comunicação da Justiça Federal informou que a imprensa poderá ter acesso ao prédio e só não estará presente quando forem tratados assuntos sigilosos com as testemunhas como gravações telefônicas e questões tributárias e bancárias.
O advogado Aniello de Miranda Aufiero informou, ontem, que os três militares do Exército envolvidos na “Operação Saúva” tiveram o processo desmembrado dos que tramitam na Justiça Federal. “Como são militares, o processo deles tramita na Justiça Militar”.
Aniello Aufiero disse defender o capitão Lídio José Quincas Fernandes. O advogado disse não saber exatamente, ontem à noite, em que fase está o trâmite do processo, mas que o mesmo não está na fase final como o da Justiça Federal. Sentença pode sair até final de 2011
O juiz federal Márcio de Freitas estima que os três processos da “Operação Saúva” que tramitam na 2ª Vara Federal devem ter sentença até o final do ano.
São 56 pessoas denunciadas pelo MPl por formação de quadrilha, fraude em licitação e até fornecimento de alimentos estragados para merenda escolar e de cestas básicas para ribeirinhos.

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