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Audiência pública sobre Forte de São Joaquim será nesta quinta-feira


O governo de Roraima e o Exército Brasileiro, por meio da 1ª Brigada de Infantaria de Selva (BIS), realizam, nessa quinta-feira (20), com início às 9h, a audiência pública para discussão do Projeto Memória do Forte de São Joaquim do Rio Branco. O evento acontecerá no auditório da BIS, no Setor Militar Urbano (final da avenida Benjamin Constant, saída para a BR-174).
A audiência pública tem a finalidade de discutir com a sociedade o projeto da forma mais abrangente possível. “Nosso objetivo é promover um conhecimento maior sobre o Forte, que é um bem cultural do povo roraimense”, disse o general Franklimberg Freitas, comandante da 1ª. Brigada.
Lançado no dia 22 de agosto deste ano, na praça do 6º. Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), o projeto está orçado em R$ 20,6 milhões. Contempla desde o estudo topográfico (georreferncimento) do sítio arqueológico, passando pelas construções físicas, transportes, acervo fotográfico, até as premiações e condecorações.
Uma réplica em miniatura do Forte está em fase de conclusão na praça do 6º. BEC. O local abrigará também um centro de documentação. Pelo projeto, a construção no sítio arqueológico está prevista para iniciar em agosto de 2012, devendo ficar pronta em julho de 2015.
ORIGEM
O sítio histórico do Forte de São Joaquim do Rio Branco, compreendendo uma área total de 25.738,47 metros quadrados, foi tombado, passando a integrar o Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Arqueológico e Cultural do Estado de Roraima, por meio do Decreto Estadual no. 4.241, de 22 de abril de 2001. A notificação do tombamento foi publicada pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN) em 15 de julho de 2011.
O Forte nasceu da decisão da Corte Portuguesa, sob o rei D. José I, de preservar e manter, contra investidas estrangeiras, a posse do espaço territorial expandido pelo Tratado de Madri, celebrado entre Portugal e Espanha, no ano de 1750.
O local escolhido para a construção, a confluência dos rios Itacutu e Uraricoera, ponto em que se forma o rio Branco, justificava-se por ser passagem de holandeses e espanhóis. O Forte foi construído em 1775, pelo capitão-engenheiro Felippe S’Turm.
DEMOCRACIA
Para o desembargador Gursen De Miranda, um dos idealizadores do projeto, ao lado do general Franklimberg, a audiência pública dessa quinta-feira é uma necessidade, em razão de o país viver uma democracia participativa, que exige dos governantes que toda decisão seja tomada com a participação da sociedade.
O comandante da 1ª. Brigada traçou um comparativo entre o Forte de São Joaquim do Rio Branco e a Fortaleza de São José de Macapá, no Amapá. Lá, por se tratar de um sítio plantado em área urbana, “o projeto de nível governamental é um exemplo de preservação da memória”.
Segundo Franklimberg, a Fortaleza de São José de Macapá foi restaurada levando-se em conta a parceria com a comunidade. O local dispõe de urbanização, ciclovias e sítio histórico em harmonia com a cidade.
“O Forte de São Joaquim do Rio Branco, por ficar fora da cidade, exige ainda mais a participação da sociedade, que deve opinar sobre a melhor forma de restauração, o que é mais conveniente, se o acesso via terrestre ou fluvial, se, além das instalações originais, deve receber outras para melhorar a recepção de turistas, entre outras decisões”, destacou o comandante da 1ª. Brigada de Infantaria de Selva.

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