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Militares terão reajuste salarial de 30% até 2015


Índice é quase o dobro do que foi oferecido aos servidores federais (15,8%)
Funcionários do Incra e de outros 11 setores não aceitaram proposta do governo, diz Ministério do Planejamento
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

Os militares das três Forças Armadas terão um reajuste salarial, até 2015, de 30%.
O índice representa quase o dobro do percentual concedido aos servidores do Executivo civil, Judiciário, Legislativo e Ministério Público da União.
Ao todo, 706.586 pessoas, entre militares ativos, da reserva e pensionistas serão beneficiados pelo aumento.
Ontem, o Ministério do Planejamento deixou claro que o limite do aumento para os servidores do Executivo será o mesmo aplicado aos demais poderes e ao MPU.
"O governo priorizou algumas áreas além da proposta de 15,8%: (...) as universidades, a área de meio ambiente e os militares", disse ontem a ministra Miriam Belchior (Planejamento), em entrevista coletiva.
Já os professores de universidades e institutos tecnológicos federais receberam reajustes entre 25% e 40%.
Ainda no início das negociações entre grevistas e governo, o Palácio do Planalto havia sinalizado que o aumento de professores e militares seria diferenciado.
No caso da Defesa, o reajuste foi encomendado pela própria presidente Dilma Rousseff, como gesto de reconhecimento após a instalação da Comissão da Verdade, que começou seus trabalhos em maio deste ano.

NEGOCIAÇÃO
A oferta feita ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) não foi aceita pelos servidores.
Além do instituto, servidores de ao menos outros 11 setores não aceitaram a oferta do governo. Entre eles estão os servidores das agências reguladoras, auditores fiscais da Receita Federal e escrivães, papiloscopistas (especialistas em identificação) e agentes da PF.
Segundo o Planejamento, esses trabalhadores representam um percentual muito pequeno do total dos servidores. "O governo fez a sua parte, tanto é que 93% dos servidores assinaram o acordo", disse a ministra Miriam Belchior.
De acordo com ela, o impacto das reestruturações de carreiras e aumentos de remuneração concedidos aos três poderes e ao MPU será de R$ 10,2 bilhões em 2013. Para o Executivo apenas, o valor é de R$ 8,9 bilhões no ano que vem e de R$ 28 bilhões até 2015.
Fonte: Folha de S. Paulo

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