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Diretor do Dnit diz que órgão sofreu 'tsunami'


Cristiane Jungblut
BRASÍLIA. Ao dar explicações na Comissão Mista de Orçamento sobre dez obras que, em 2011, receberam do Tribunal de Contas da União indicativo de paralisação por indícios graves de irregularidades, o novo diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, disse que o órgão passou por uma "tsunami" e está se reestruturando. Em alusão à crise que levou às quedas na cúpula do Ministério dos Transportes e do Dnit, Fraxe disse que um bom projeto impede erros como grandes e polêmicos aditivos, e obras que são uma "porcaria".
Após ficar engessado pelas denúncias, o Dnit deve começar a fazer editais de novas obras em 90 dias:
- No Dnit, teve uma tsunami ali e levou a cabeça dele embora. No Dnit, estamos fazendo o dever de casa. É a gestão de projeto. Se for um bom projeto, o aditivo vai ser pequenininho, e os erros serão mínimos. Haverá erros, mas eles serão mínimos, e não o que vem ocorrendo.
Fraxe rebateu a queixa de parlamentares de que as obras demoram e as estradas ficam esburacadas nesse período:
- Por que saímos daqui e fazemos um aeroporto em Miami? (Por que) Uma construtora brasileira faz obra de primeiro mundo no exterior? Pode fazer aqui, temos obras belíssimas. E por que tem obra porcaria? Porque aqui ou acolá querem encurtar caminho, querem prestar serviço ao eleitor, ao contribuinte.
Fraxe disse que todas as recomendações do TCU foram atendidas e que, das dez obras, cinco já tiveram os editais ou contratos revogados ou rescindidos:
- O Dnit precisa estar do tamanho do PAC. Ele é o mesmo de antes do PAC.
Entre as obras do Dnit destacadas pelo TCU, há uma na BR-101 entre Paraíba e Rio Grande do Norte conduzida pelo Exército. Fraxe foi justamente diretor do Departamento de Engenharia e Construção do Exército. Segundo ele, essas irregularidades estão sendo sanadas.
O Globo

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